É muito comum ver bebês e crianças pequenas colocando brinquedos, mãos e outros objetos na boca. Embora pareça apenas um comportamento natural da infância, existe um termo técnico para isso — e ele tem explicações importantes no desenvolvimento infantil.
Neste artigo, vamos explicar por que as crianças fazem isso, qual é o nome técnico do comportamento, e quando é sinal de alerta para os pais.
🧠 O termo técnico: comportamento oral (fase oral ou exploração oral)
O nome técnico para o hábito da criança de colocar objetos na boca é chamado de comportamento oral ou exploração oral. Ele é natural e esperado, especialmente nos primeiros anos de vida (principalmente entre 0 e 2 anos de idade).
Durante essa fase, chamada de fase oral do desenvolvimento, a boca é a principal forma que o bebê tem de explorar o mundo, entender texturas, temperaturas e sensações.
É uma etapa importante para o desenvolvimento sensorial, motor e cognitivo.
👉 Resumindo:
“Colocar objetos na boca é uma forma de o bebê conhecer o mundo — é uma fase normal do desenvolvimento chamada de fase oral.”
🍼 Por que as crianças fazem isso?
Existem várias razões para esse comportamento ser tão comum:
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Exploração sensorial: o bebê usa a boca como forma de sentir e descobrir.
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Alívio da coceira na gengiva: principalmente na época da dentição, colocar coisas na boca alivia o incômodo.
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Busca por conforto: a sucção é um reflexo natural e pode trazer sensação de segurança.
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Curiosidade natural: o bebê está aprendendo sobre o ambiente ao redor.
Portanto, até os 2 ou 3 anos, esse comportamento é completamente normal e saudável.
⚠️ Quando o hábito pode ser um sinal de alerta
Embora seja normal em bebês, é importante observar quando o comportamento persiste por muito tempo.
Se a criança continua colocando objetos na boca após os 4 anos de idade, pode ser sinal de uma condição chamada Pica oral ou persistência do comportamento oral.
A Pica oral é um distúrbio caracterizado pela ingestão ou tentativa de ingerir objetos não comestíveis, como papel, terra ou brinquedos.
Esse quadro pode estar relacionado a:
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Déficits sensoriais
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Carências nutricionais (ferro, zinco, etc.)
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Transtornos do neurodesenvolvimento, como o Transtorno do Espectro Autista (TEA)
👉 Nesses casos, é importante buscar avaliação com um pediatra, fonoaudiólogo ou terapeuta ocupacional.
🩺 O que os pais podem fazer
Algumas dicas práticas para lidar com o comportamento de forma segura e saudável:
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Ofereça mordedores apropriados: especialmente durante o nascimento dos dentes.
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Mantenha o ambiente seguro: evite objetos pequenos que possam ser engolidos.
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Estimule outras formas de exploração: brinquedos sensoriais, blocos e atividades táteis.
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Observe o comportamento ao longo do tempo: se persistir após os 3-4 anos, busque orientação profissional.
✅ Conclusão
A criança que coloca objetos na boca está, na maioria das vezes, explorando o mundo de forma natural — e isso faz parte do desenvolvimento infantil, especialmente na fase oral.
No entanto, se o hábito for excessivo, persistente ou envolver risco de engasgo ou ingestão, é essencial procurar orientação médica ou terapêutica.
💬 Lembre-se: cada criança tem seu ritmo de desenvolvimento. Observar, compreender e oferecer estímulos adequados é a melhor forma de garantir uma infância saudável e segura.

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